Mulheres sentem mais do que homens a deficiência de colágeno
por Jocelem Salgado
Menopausa X Perda de colágeno
As mulheres são as que mais sofrem com a perda de colágeno, pois apresentam uma quantidade menor desta proteína no corpo, comparativamente aos homens. Além disso, a deficiência de estrogênio que ocorre no sexo feminino por volta dos 45-50 anos faz com que haja uma diminuição da quantidade de fibroblastos, células responsáveis pela produção do colágeno, que junto com outra proteína, a elastina, compõem a trama de sustentação da pele.
Toda essa mudança provoca a redução do fluxo de sangue pelos vasos e leva a uma menor capacidade de retenção de água pelas células, além de desacelerar a atividade das glândulas sebáceas e sudoríparas, que produzem a oleosidade que protege a pele como um filtro natural. Sem a mesma irrigação e hidratação a pele fica seca, enrugada e flácida, quebradiça e fina e muito mais sensível a escoriações e aos efeitos da exposição solar. Pequenos cortes levarão tempo para cicatrizar e as manchas irão proliferar com rapidez.
Estima-se que com a menopausa haja uma perda média anual de 2% de colágeno. A velocidade do processo vai depender da presença de fatores de risco como o tempo que a pele foi exposta ao sol ao longo da vida e o hábito do tabagismo. Estudos mostram que o cigarro pode aumentar de duas a três vezes o número de rugas em mulheres de cor branca de meia-idade, ao reduzir muito a irrigação sanguínea das camadas que formam a pele.
É possível repor o colágeno perdido?
O colágeno é reposto em nosso organismo por meio da alimentação equilibrada. Os alimentos de origem animal, tais como as carnes, principalmente as vermelhas, são excelentes fontes de proteínas e colágeno. Entretanto, somente a alimentação não é capaz de fornecer a quantidade ideal dessa proteína que nosso organismo necessita a partir dos 30-40 anos. É aí que entra a suplementação.
Estudos conduzidos em renomadas instituições de pesquisa estão mostrando que o uso diário de colágeno extraído industrialmente dos ossos, peles e tendões de animais não tem contra-indicação e é capaz de estimular a produção do colágeno natural, que perdemos com o passar do tempo. A reposição de colágeno alimentício, está surgindo como uma nova ferramenta para tratamentos de osteoartrites e manutenção da estética e beleza.
As pesquisas mostram que o colágeno hidrolisado em pó contém uma série de fragmentos de proteínas que quando ingeridos são parcialmente digeridos e absorvidos, fornecendo aminoácidos fundamentais para a manutenção de ossos e a reconstituição ou regeneração de algumas articulações.
De acordo com pesquisadores da Unicamp, como o prof. Jaime Farfan, o colágeno em pó permite que o nosso organismo mantenha uma quantidade de massa muscular adequada, ajudando o organismo a utilizar eficientemente suas reservas lipídicas e de açúcar. Além disso, o colágeno em pó é um eficiente aliado contra processos de flacidez tecidual e quando aliado a atividade física torna-se uma excelente fonte protéica capaz que sintetizar massa magra, mantendo assim o aspecto jovial do nosso corpo.
Reposição de colágeno x Saúde da pele
Uma investigação clínica do Medcin Instituto da Pele avaliou a firmeza, elasticidade e hidratação da pele, como conseqüência da ingestão de colágeno hidrolisado. O estudo contou com a participação de três grupos de 20 voluntárias cada, com idade entre 35 e 60 anos, que tomaram uma dose diária de uma bebida contendo ou 2g ou 5g de colágeno hidrolisado. O terceiro grupo recebeu amostra placebo, ou seja, uma bebida contendo carboidrato no lugar do colágeno hidrolisado.
As avaliações foram conduzidas em dois períodos: no início do estudo e após 60 dias, durante os quais o produto foi ingerido uma vez ao dia. Os resultados mostraram que as mulheres que consumiram 2g de colágeno/dia tiveram um aumento de 4,2% na firmeza e 8,5% na elasticidade da pele, enquanto que aquelas que consumiram 5g/dia tiveram um aumento de 17% na hidratação, 5,5% na firmeza e 10% na elasticidade da pele.
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